terça-feira, 22 de julho de 2014

Centro de internação de jovens vira ponto suspeito de venda de drogas no Amapá

"Atualmente, a violência e o consumo de drogas cresceu de forma assustadora dentro da instituição. Como consequência, constantemente servidores são ameaçados pelos internos. “Há dois dias um agente foi ameaçado com uma faca artesanal. O jovem tentou furar o agente mas foi contido pelos demais servidores. Constantemente agentes apreendem facas, celulares, drogas e tabaco que são enrolados em um pacote e são jogados por cima do muro”, denúncia Abid Carvalho, monitor social do Cesein."

Por: Daian Andrade
PRISÃO DE DROGAS PB

Na manhã de ontem (21), uma vistoria no Centro Socioeducativo de Internação Masculina (Cesein), o Batalhão de Operações Especiais (Bope) apreendeu 115 cabeças de crack, 100 cabeças de maconha, 19 armas artesanais, quatro celulares, quatro carregadores e uma considerável quantidade de tabaco. Os policiais iniciaram a ação por volta das 6 horas da manhã a pedido da direção do Centro.

O Cesein, localizado no bairro do Beirol, há muito tempo vem chamando atenção da sociedade amapaense devido o consumo interno de drogas, brigas entre os internos, sem lalar nas fugas que são corriqueiras. Atualmente, a violência e o consumo de drogas cresceu de forma assustadora dentro da instituição. Como consequência, constantemente servidores são ameaçados pelos internos. “Há dois dias um agente foi ameaçado com uma faca artesanal. O jovem tentou furar o agente mas foi contido pelos demais servidores. Constantemente agentes apreendem facas, celulares, drogas e tabaco que são enrolados em um pacote e são jogados por cima do muro”, denúncia Abid Carvalho, monitor social do Cesein.

Para que haja consumo de drogas, é necessário que alguém comercialize os produtos entorpecentes lá dentro. A suspeita é que para que haja tal comercialização do produto, contatos com pessoas de fora da instituição estão ocorrendo. Uma situação que reforça a falta de segurança no local é a escuridão total da parte interna do centro. Por conta disso, as fugas são constantes. “Somos ameaçados de forma constante pelo menores”, disse Abid.

A palavra de ordem entre os agentes é atenção permanente. Caso contrário, qualquer um pode ser atacados por um dos internos. No sábado passado (19), um agente foi ameaçado com uma faca. O jovem foi para cima do agente para tentar atingi-lo com uma facada, mas os demais servidores conseguiram contornar a situação. Ele foi encaminhado para a delegacia e após os procedimentos, o interno foi liberado.

Segundo Abid, até mesmo agentes do contrato administrativo estão sendo demitidos quando surge alguma denúncia partindo os próprios internos. “A direção da Fundação da Criança e do Adolescente (FCRIA), só está dando importância para a fala dos jovens. Por exemplo, um jovem fala que um agente trouxe uma droga para mim. Eles vão lá e demitem o argente sem ao menos saber sua versão. Nos dias atuais está difícil o nosso trabalho. Antes os conflitos eram entre os jovens. Hoje eles estão ameaçando e até mesmo agredindo os agentes”, comentou.

A reportagem do Jornal do Dia tentou contato com a direção da FCRIA para saber que providências serão tomadas quanto ao problema, mas até o fechamento desta matéria não teve êxito.


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