sexta-feira, 24 de julho de 2015

Procuradoria Geral de SP irá à Justiça contra greve de agentes penitenciários

Geraldo Alckmin (PSDB) classificou paralisação de 'abusiva' nesta quinta-feira. Sindicato da categoria defende que governo descumpriu acordos de 2014.


A Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE) vai à Justiça, até sexta-feira (24), para pedir que a greve dos agentes penitenciários seja declarada ilegal. Durante visita a cidade de Louveira (SP) nesta quinta (23), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) classificou a paralisação de "abusiva" porque, segundo ele, o Palácio dos Bandeirantes está aberto ao diálogo com a categoria.


Governador Geraldo Alckmin durante visita a Louveira (Foto: Reprodução / EPTV)
Governador Geraldo Alckmin durante visita a cidade
de Louveira (Foto: Reprodução / EPTV)

A paralisação começou na segunda-feira (20) e afeta o funcionamento de presídios em SP. Segundo o Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), o governo não cumpriu o acordo de arquivar processos administrativos dos funcionários que participaram da greve no ano passado
e, por isso, os trabalhadores cruzaram os braços.



"Eles querem que encerrem o processo administrativo contra alguns funcionários, líderes do movimento que fizeram atos abusivos. Isso nao será feito", disse Alckmin. "Nós já pedimos na Justiça a declaração da sua ilegalidade", completou o governador, em referência à greve. Segundo a assessoria de imprensa da PGE, o pedido citado pelo tucano será feito até o fim desta quinta ou na sexta-feira.

Outras reinvidicações

Agentes e sindicalistas impedem saída de viatura do complexo penitenciário em Hortolândia (Foto: Edvaldo de Souza / EPTV)
Agentes e sindicalistas impedem saída de viatura
em Hortolândia (Foto: Edvaldo de Souza / EPTV)
De acordo com o Sindasp, 32 servidores, dos Centros de Detenção Provisória (CDPs) de Franca e Jundiaí, além da Penitenciária de Iperó, sofrem punições e correm o risco de serem exonerados.


A entidade também cobra a criação do Bônus de Resultado Penitenciário (BRP) porque, segundo a categoria, houve acordo e a bonificação deveria ser concedida anualmente aos trabalhadores.
Em relação as reinvidicações feitas durante a greve no ano passado, Alckmin disse que "foram atendidas". "O que nao pode ser atendido e não será atendido é o processo administrativo contra quem atentou contra patrimonio publico do estado", disse o governador.
Números da greve
De acordo com o Sindasp, na quarta-feira (22), das 163 unidades prisionais, 114 estavam paralisadas. Além disso, 24,5 mil dos cerca de 35 mil agentes penitenciários estavam parados.
Já a Secretaria da Administração Penitenciária citou que 29 das 163 unidades prisionais do Estado estavam com as atividades parcialmente paralisadas na quarta-feira.

http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2015/07/procuradoria-geral-de-sp-ira-justica-contra-greve-de-agentes-penitenciarios.html


Governo ameaça agentes em greve com processos administrativos e sindicato convoca manifestações na SAP e no Palácio dos Bandeirantes

     Carlos Vítolo     
Jornalista/Assessor de Imprensa do Sindasp-SP
imprensa@sindasp.org.br

“O governo faz ameaça, faz terrorismo, ele pune quem reivindica os seus direitos”Carlos Vítolo Jornalista/Assessor de Imprensa - Sindasp-SP


Foto: Carlos Vítolo/arquivo Sindasp/2014 (Palácio dos Bandeirantes










Ao invés de abrir negociação com os agentes de segurança penitenciária (ASP) em greve desde o último dia 20, por meio da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), o governo determinou que os coordenadores e diretores das unidades prisionais anotem os nomes dos servidores grevistas para, posteriormente, abrir Processos Administrativos Disciplinares (PADs).


De acordo com o presidente do Sindasp-SP, Daniel Grandolfo, “além dos 32 que já respondem PAD por terem participado da greve do ano passado, agora mais 80 nomes de agentes penitenciários foram anotados para instaurar novos processos”, disse.

Durante discurso em frente ao Complexo Penitenciário de Pinheiros, em São Paulo, na manhã desta quinta-feira (23), quarto dia de greve, Grandolfo destacou que, se os servidores não se mobilizarem esse ano o governo não vai dar nada, referindo às reivindicações, “e além de não ter nada, vai ter punição, exoneração”, disse o presidente.

“Essa é a postura do governo, vai punir quem estiver reivindicando seus direitos. Nós temos o direito de cruzar os braços, temos o direito de fazer greve, não podemos aceitar essas ameaças”, declarou Grandolfo repudiando a atitude do governo em abrir processos administrativos para exonerar os agentes penitenciários. “O governo faz ameaça, faz terrorismo, ele pune quem reivindica os seus direitos, ao invés de chamar a categoria para negociar”, finalizou Grandolfo.

Convocação para manifestação quarta-feira em SP
O Sindasp-SP convoca a categoria para duas manifestações na próxima quarta-feira (29) em São Paulo. A primeira manifestação acontece em frente à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), às 10h, e a segunda no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo, às 15h. Inicialmente quatro ônibus já estão disponibilizados para os agentes penitenciários que quiserem ir a São Paulo para o manifesto.

Os ônibus sairão das sedes de Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Taubaté. Os interessados devem manter contato com os Diretores Administrativos Regionais ou procurar uma das sedes do sindicato.

- Sede Estadual de Presidente Prudente
Telefone: (18) 3904-9999 ou (18) 98114-0177
- Sede Regional de S. J. Rio Preto
Telefone: (17) 98179-1756
- Sede Regional de Ribeirão Preto
Telefone: (16) 98262-0660
- Sede Regional de Taubaté
Telefone: (12) 3635-6087 / (12) 3413-8593 



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