quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Sem receber salários, vigilantes da Fundação Casa param em 2 cidades

Funcionários terceirizados são das unidades de Campinas e Mogi Mirim.
Entidade garante que segurança não está prejudicada nos locais.

Unidade da Fundação Casa em Mogi Mirim (SP) (Foto: Reprodução EPTV)
Unidade da Fundação Casa em Mogi Mirim está entre as que estão sem vigilantes (Foto: Reprodução EPTV)

Cerca de 50 vigilantes de três unidades da Fundação Casa, localizadas em Campinas (SP) e em Mogi Mirim (SP), pararam os trabalhos por falta de recebimento dos salários, de acordo com o sindicato da categoria.

A paralisação completa três dias nesta quarta-feira (25) e é por tempo indeterminado.

Os funcionários afetados são terceirizados e já vêm tendo problemas com atraso no pagamento dos rendimentos há alguns meses, segundo o diretor do Sindicato dos Vigilantes de Campinas e Região, Ronaldo de Souza. Neste mês de novembro, no entanto, o salário não foi pago e a empresa informou à entidade que não tem perspectiva para os acertos.

"Com certeza o impacto é negativo. A atribuição do vigilante é fazer a triagem, revista, controle de acesso e não permitir que alguém de fora do sistema prisional entre com algum objetio indevido", afirma Souza.

Em Campinas, a Fundação Casa Andorinhas está com o serviço afetado e, em Mogi Mirim, o mesmo acontece com as duas unidades da cidade.

Fundação Casa admite
Em nota enviada para a EPTV, afiliada da TV Globo, a Fundação Casa informou que o país vive uma grave crise financeira, mas está se empenhando para normalizar os pagamentos.
Garantiu, também, que a segurança nos centros sócioeducativos não está comprometida e que todos os procedimentos de segurança, que garantem o cumprimento da medida sócioeducativa, estão sendo respeitados.
A Fundação está revendo todos contratos para se interar sobre as situações dos repasses.

Empresa culpa estado
A empresa Reak, responsável pela contratação dos vigilantes que se sentiram prejudicados, informou à EPTV que atua em clientes pertencentes à administração pública, subordinados ao governo do estado de SP. Na nota, a Reak comunicou a "ausência total nos pagamentos das notas fiscais referentes aos serviços prestados".

A companhia informa, ainda, que não recebeu as "verbas pecuniárias referentes aos serviços realizados", e admite que está encontrando dificuldades para manter os postos de trabalho dos colaboradores, "uma vez que a contrapartida financeira contratual não está sendo cumprida".

Os vigilantes que trabalham na Fatec de Campinas pertencem à essa empresa e também paralisaram os trabalhos.

http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2015/11/sem-receber-salarios-vigilantes-da-fundacao-casa-param-em-2-cidades-campinas-mogi-mirim.html?utm_source=facebook&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar

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