quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Autoridades pedem retirada de algemas de jovens hospitalizados após incêndio

Fogo começou com motim em alojamento da Escola João Luiz Alves

RIO — O Ministério Público e a Defensoria Pública assinaram hoje uma recomendação conjunta dando à direção da Escola João Luiz Alves (EJLA), unidade do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) na Ilha do Governador, dez dias para suspenderem a utilização de algemas em internos hospitalizados. O documento se refere aos oito menores feridos em um incêndio na manhã da última sexta-feira, que estão no Hospital Souza Aguiar, no Centro.

As chamas começaram no alojamento do centro de internação, quando jovens atearam fogo em um colchão, o que deixou nove feridos de idade de 15 aos 21 anos. Um deles não resistiu aos ferimentos e faleceu na manhã de sábado. Dois agentes de segurança que controlaram o incêndio também precisaram receber cuidados médicos por terem inalado fumaça. O Degase informou que está prestando o auxílio necessário aos jovens envolvidos e seus familiares.

Apesar do pedido assinado pela Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e da Juventude Infracional da Capital ser especificamente voltado aos oito internos queimados, também recomendam que, em casos futuros, não se utilize algemas na contenção de adolescentes que estejam recebendo tratamento médico hospitalar. A exceção seria se houvesse risco de fuga que não pudesse ser evitado com a vigilância contínua de um agente socioeducativo. Se for o caso, a hipótese deverá ser justificada por escrito.

http://oglobo.globo.com/rio/autoridades-pedem-retirada-de-algemas-de-jovens-hospitalizados-apos-incendio-1-19886343

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